terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Liberdade de Pensamento - Paulo Eduardo

14 de Julho – Dia da Liberdade de Pensamento 

Liberdade de pensamento é o livre-arbítrio que as pessoas têm para sustentar e defender seu pensamento argumentativo sobre uma ocorrência, um ponto de vista ou uma ideia autônoma dos pensamentos dos outros. 

Um dia para celebrar o direito da ação organizada e muitas vezes involuntária do pensamento. O pensar livre, diz ser o conceito maternal das democracias. 

Em 1789 na França foi aprovado por uma Assembleia Constituinte a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, fato arrolado com a Revolução Francesa, tendo um dos eventos de referência a Queda da Bastilha em 14 de Julho daquele mesmo ano. Acredita-se que o tal evento pode ser relacionado ao pensamento livre. Aquela Declaração seria o fundamento para tantas outras sendo que até hoje são balizas de muitas Nações. Em Dezembro de 1948 a ainda “criança” Organização das Nações Unidas” promulgava com base na Declaração francesa de 1789 a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

Um dos artigos que expõe o pensamento pelo próprio pensamento está no Artigo 19 da então neo declaração: 

“Todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. 

O pensamento é, de fato, uma ponderação de valor, é uma cogitação interna do então pensador. 

Quando isso é externado, o pensamento passa a ser sua opinião, sua ideia, seu argumento, pois deixa de ser somente SEU pensamento para ser, digamos, público. Eis aqui o cuidado e a diferença entre pensar e falar. O “eu” e o “vocês”. 

Sendo assim, o pensamento e também os sonhos – o pensar involuntário – são as maiores riquezas do Homem, pois é algo muito íntimo e profundo para ser REMOVIDO e ERRADICADO, alterado talvez, mas não tirado.

Contudo, porém, entretanto, mas... O pensar mesmo que íntimo pode ser perigoso quando é externado. Ele subtrai ou soma; afasta ou agrega; gera Paz ou conflitos... Promove a Vida ou mata.

Mesmo sendo uma garantia em um Estado Democrático, o pensamento sem o conhecer a semântica e a contextualização de e da LIBERDADE pode gerar um efeito de consequências e resultados infames e prejudiciais, por isso, LIBERDADE de pensar, falar e agir nunca podem ser confundidos com libertinagem.

A frase universal sobre o pensamento vem do filósofo francês, René Descartes: “Cogito, ergom sum”, ou seja, “Penso, logo existo”.

Nesse exato momento, o meu pensamento é o pensar o que meus pares escritores e demais ouvintes pensam do texto e de minha leitura (ou da sua própria ao lê-lo neste instante).

Isso é uma verdade, exceto claro, para aqueles que não alcancei sua atenção e estão em devaneio.
Sendo assim, não externo, mas penso, pois como dito ainda por Descartes “mesmo que você duvide de sua existência, essa dúvida já é um pensamento.”

Mas e o pensamento? Ora! As filosofias até as mais atuais neurociências ainda deliberam sobre o pensamento.

Enquanto isso cabe a nós pensarmos, mas pensarmos sobre o pensamento já realizado – o velho e
o novo; o possível e a utopia, pois uma vez dito, externado, ele já não é mais um pensamento, não é mais particular, e sim uma ideia ou um ideal. E todas as ideias e ideais precisam de outros pensadores para entender, refletir, melhorar, promover, impulsionar e consolidar o que já fora um pensamento, para que aquela ideia ou nova ideologia que um dia foi apenas um pensamento, não seja o início do fim dos pensadores, digo, da Humanidade.

A liberdade de pensamento exige entendimento de um todo, pois o egocentrismo seria praticamente, junto da liberdade de pensamento a afronta ao próximo, não somente em suas palavras, mas ações que julgue libertas de um pensamento não amadurecido pela constituição natural.

Prof. Paulo Eduardo

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